Os produtores do grogue em Santo Antão têm estado a insistir na necessidade de o Governo avançar com a instalação, nesta ilha, de um laboratório para análise e certificação do produto.
Segundo os produtos, além de possibilitar o controle da qualidade do grogue produzido em Santo Antão, o laboratório ocupar-se-ia de certificação, visando a inserção do grogue de Santo Antão e seus derivados nos principais mercados internacionais.
A necessidade de se apostar num laboratório de controle da qualidade do grogue surge numa altura em que os produtores de toda a ilha de Santo Antão têm estado a mostrar a sua preocupação em relação à “falta de fiscalização” por parte da Inspecção-Geral das Actividades Económicas (IGAE).
Os produtos sugerem o aproveitamento do centro agrícola em Afonso Martinho, na Ribeira Grande, para se ocupar da análise e certificação do grogue, uma ideia que tem vindo, também, a ser defendia pelo Instituto de Gestão da Qualidade e da Propriedade Intelectual (IGQPI).
Recentemente, este instituto propôs ao Ministério da Agricultura e Ambiente a recuperação e o equipamento do centro agrícola de Afonso Martinho para se poder ocupar da análise e certificação do grogue de Santo Antão.
A Confraria do Grogue de Santo Antão (CONGROG) tem estado, igualmente, a defender a montagem de um laboratório de controle da qualidade do grogue de Santo Antão.
Alberto Lima, presidente da CONGROG, já por várias vezes, pediu a instalação do laboratório, equipamento que, a seu ver, possibilitará às autoridades combaterem o uso de produtos proibidos na produção do grogue.
Com um laboratório, que pode representar um investimento na ordem dos seis mil contos, seria possível combater o problema de utilização do açúcar refinado e outras substâncias proibidas na produção da aguardente, no entender de Alberto Lima.
Para a CONGROG, os produtores do grogue de Santo Antão querem trabalhar com as autoridades para que este produto entre “numa nova era”, marcada pela qualidade.
Essa confraria, criada em 2008, defende a necessidade de “uma grande aposta” na fiscalização por parte do IGAE e dos municípios, condição necessária para se conseguir a tão desejada qualidade do grogue e alavancar essa indústria.
Créditos: Inforpress