Os Caboverdianos radicados em França estão revoltados com as "condições desumanas" a que estão sujeitos para conseguirem um atendimento na Embaixada de Cabo Verde em Paris. É que têm de passar a noite ao relento se quiserem tratar de algum documento, isto porque, segundo dizem, são disponibilizadas apenas 15 senhas diárias.
"Esta Embaixada está aqui para a população Caboverdiana residente em França. Mas esta não nos serve. Os funcionários estão a ganhar sem trabalhar. As autoridades Caboverdianas precisam de saber disto. São mais de sete trabalhadores, mas dão apenas 15 números por dia", disse revoltado Domingos Mendes Varela, natural de Santa Catarina, Santiago.
Numa mensagem enviada ao on-line A NAÇÃO, Varela fez saber ainda que teve de se dirigir à Embaixada por volta das 20 horas (hora de Paris) de terça-feira, dia 18, para garantir uma das senhas que só começam a ser distribuídas às 9 horas do dia seguinte. "Estamos iguais a moradores de rua, deitados em papelão ao relento", completou o emigrante.
Sabe-se ainda que algumas pessoas estão há vários dias passando a noite à porta da Embaixada de Cabo Verde em Paris, na tentativa de conseguir tratar dos documentos.
Créditos: A NAÇÃO