São cento e oitenta os países enumerados pela organização independente - Repórteres Sem Fronteiras - no âmbito da sua classificação anual relativamente à Liberdade de Imprensa Mundial onde, este ano, Cabo Verde surge na posição dois-sete do Ranking, 5 posições acima em relação ao ano transacto.
Entre vermos a ordem dos países mais e menos livres no que a circulação da informação diz respeito e percebermos que a mais e menos limitação da informação é indissociável à Democracia ou associável à falta dela, sugiro que não nos percamos na ordem numérica e que nos centremos no conteúdo factual da publicação.
Mais do que a nossa posição dois-sete entre os cento e oitenta países classificados, em termos gerais, cabe-nos a nós como país livre, sabermos se a pesquisa e circulação da informação em território Caboverdiano reflecte ou não a realidade do dia-a-dia entre as ilhas. É sabido que os meios de comunicação em Cabo Verde são predominantemente do sector público enquanto os privados perdem-se tradicionalmente, desvalorizados pela implosão do digital e sem se adequarem ao actual, o que faz-nos temer pelo conteúdo e meandros da pouca Informação que chega à público. É exactamente pelo poder que tem a Informação que somos mais e menos livres, fazendo com que muitos países sejam o espelho da sua mais e menos transmissão, dentro e fora das suas fronteiras, em detrimento do grau de poder que os seus líderes têm, ambicionam ter ou tencionam manter perante a sua nação. Quando a Informação parte do emissor e chega ao receptor nos seus devidos parâmetros, ela é a ferramenta que é e tem o poder que tem, não fosse por isso, hoje em dia, vivermos em meios intencionalmente deturpados, na medida em que, as verdades e os factos, não sendo moldáveis, são estáveis e, de estabilidade está quieto ao canto. Agora, quem é que quer estar quieto ao canto? Ninguém, não é mesmo!
Esta minha partilha de hoje, serve tão somente, para realçar a importância que é a Liberdade de Informação em termos universal e que à Democracia diz respeito, pelo que, graças a esta correlação Liberdade-Democracia, posso aqui exprimir a minha opinião, que é fruto, não só, da interpretação que faço ao que vai sendo publicado diariamente naqueles que são os meios livres de transmissão de Informação e que, de igual modo, também podem fazer. Deixar uma palavra de apreço às pessoas que se dedicam incansavelmente na procura da verdadeira Informação e que, muitas vezes, perdem as suas vidas em prole do que consideram ser a luta pela Democracia, pois sem ela, eu não sou livre e tão pouco me faço livre. A análise aos 180-mais&menos-Livres está em rsf.org (vale a pena uma vista de olhos) e, se eu posso e pude a ela aceder, muitos outros não podem e não o poderão fazer, pelo menos, tão cedo. Basta isto e não precisamos de mais nada para a definição a título... Basta isto e só isso para sabermos do poder que temos em mãos... Basta isto que salta à vista um mundo, dois mundos e mais mundos, todos à parte, todos separados... Basta isto e ponto. Sei que sou e sinto pelos que não são livres (suponho que sobre factos, não vale esperançarmos). Um bem-haja ao nosso DOIS-SETE EM LIBERDADE DE IMPRENSA e não só...